Terceiro Dia

Sem título

Placa dentro da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco .

O terceiro dia foi marcado pela espontaneidade porque nós literalmente não sabíamos o que íamos fazer. O prof, João selecionou alguns lugares e através de pistas o nosso objetivo era chegar nesses locais e tirar fotos. Em meio a isso, nossa terceira pista foi descobrir quem era o poeta romântico da foto (que era Alvares de Azevedo)  e onde sua escultura estava (que seria a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco). Chegando lá eu tive o meu momento marcante. Primeiro o Vini declamou um lindo poema de Alvares de Azevedo que descrevia o seu caráter apaixonado e emocional, isso por si só já me emocionou. Depois entramos dentro da faculdade e nos deparamos com vários cartazes falando sobre reivindicações diversas. O que mais me marcou foi uma placa antiga na parede da faculdade encorajando a “juventude destas arcadas”. Essa oposição de passado e presente e essa ideia de lutas utópicas contra as injustiças me inspirou. Além disso, o momento que fiquei muito emocionada foi a despedida em que o grupo todo se reuniu antes de voltar para a escola  em que eu realmente me senti parte de um coletivo, em que eu realmente compreendi o sentimento de comunidade. Só tenho a agradecer! – Carol Medina

Para o terceiro dia, haveria um roteiro surpresa. No caso do meu grupo, pudemos escolher o que queríamos fazer. Escolhemos ir no Centro Cultural de São Paulo, passar na frente dos Arcos do Jânio e ir na Liberdade. No final do dia teve um mesmo programa para todos os grupos: a peça de teatro Hygiene do Grupo XIX de Teatro, realizada na vila Maria Zélia, no Belém. O que mais me marcou nesse dia foi quando estávamos num ônibus, indo para a vila Maria Zélia, e um homem de meia-idade, sentado no assento atrás do meu, começou a cantar uma de suas composições para a sua esposa, que ficou um pouco envergonhada pelo marido cantar no ônibus. Eu me virei para ouvir a música, e o moço ficou feliz ao ver que eu estava prestando atenção, e começou a conversar comigo, e falando para a sua mulher “viu, a menina gostou!”. Ele começou a cantar para mim um monte das suas composições e me explicou o significado delas. “Essa daqui fiz pensando em minha mãe. ”, “Essa eu fiz para a minha esposa. ” A gente conversou sobre como a música é algo que nos relaxa, nos deixa mais feliz, e ele me incentivou a fazer minhas próprias composições. Foi um momento muito legal, com certeza vou me lembrar com carinho.

– Isadora Vieira

O meu terceiro dia foi o dia do roteiro surpresa, o qual foi uma espécie de caça tesouro ao redor da cidade. O que mais me marcou nesse dia foi o quanto eu não tinha conhecimento de tantos fatos que ocorreram na metrópole, pois me senti incomodada por antes estar cômoda com aquilo. Fiquei especialmente incomodada com os fatos que ocorreram relacionados a juventude, pois afinal são, na maioria das vezes os jovens que fazem revoluções e tendem a ter uma boa visão da realidade que os cerca, ou seja para de certa forma conseguir mudar algo para melhor, ou pelo menos tentar.

-Lí Garcia

O terceiro dia do grupo 4 não foi nenhum roteiro surpresa: foi o dia da bike. Eu já tinha algum costume de andar pela cidade nas ciclofaixas, mas sempre por lugares conhecidos, como proximo a Av. Berrini e a Espraiada. O que me surpreendeu foi que nosso percurso passou longe de ser parecido com esses locais. Inclusive passamos por lugares pelos quais eu nunca tinha passado. Um deles foi pelas margens do bairro da Barra Funda, onde tivemos que passar por uma passarela, e eu acredito que nunca havia passado e provavelmente nunca vou passar novamente por um lugar tão sujo, fedido e decrépito. Era algo horrível tanto para os olhos quanto para o nariz. Tinha que desviar para não pisar em cocô(que com certeza não eram de cachorros), levar a bicicleta e ainda por cima segurar a respiração. Foi tenso. Esquisito saber que existem locais assim na cidade. Certamente foi algo marcante. Eca. -Vic Piscopo

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